Vereador de Mirandiba é perseguido pela Prefeita e perde cargo de vigilante

  • 19/12/2019
Vereador de Mirandiba é perseguido pela Prefeita e perde cargo de vigilante

A prefeita de Mirandiba-PE, Rosiclea Máximo-PSD, usa o seu “poder” para exigir da empresa de vigilância Interfort, a demissão do vigilante Jair Campos da Silva, alegando que o vigilante estava fazendo política dentro do estabelecimento e na hora do serviço. Funcionário há cerca de 10 anos na empresa de vigilância, prestando serviço no Posto do Banco do Brasil que funciona no prédio da Prefeitura, Jair da Barreira, como é conhecido, foi eleito vereador pelo PCdoB na eleição passada. Entretanto, cumprindo com o seu papel de vereador, marcando reunião com a prefeita na tentativa de resolver questões ligadas ao município, onde envolvia pagamentos aos servidores, sentiu na pele o poder da perseguição politica, perdendo seu emprego de vigilante e faz desabafo nas redes sociais.

DESABAFO AO POVO DE MIRANDIBA

No início do ano de 2010, eu, Jair Campos da Silva, participei de um importante curso de vigilante, o qual me traria conhecimento e qualificação para sair da difícil situação que me encontrava. Em meados de 2010 consegui, por mérito, uma vaga na função de vigilante, na empresa Interfort, desenvolvendo sempre meu trabalho com base na seriedade, compromisso e respeito, numa trajetória efetuada em cidades diferentes, locais diferentes, mas sempre pautado em exercer da melhor forma possível esta responsabilidade concedida por Deus, pois era dela que eu conseguia meu pão de cada dia.

Há 4 anos trabalhava no Banco do Brasil de Mirandiba, local onde fiz grandes amizades, conheci pessoas excelentes, e pude estar mais perto do povo, pois também era meu interesse, já que em mim morava o desejo de fazer parte do legislativo municipal. Com muito trabalho foi o que ocorreu. Em 2016 fui eleito vereador no município de Mirandiba/PE, e de lá pra cá minha vida foi conciliar a função de vigilante, com a missão de fiscal do povo.

Diante da situação infame vivida pela população Mirandibense, fui procurado por funcionários e inativos, pois, enquanto voz ativa em defesa dos munícipes, cabia a mim tomar providências para tentarmos resolver a questão pertinente aos salários atrasados. Elaborei um ofício, me encaminhei à prefeitura, juntamente com aqueles que estavam sendo prejudicados com as mazelas do poder público, nos dirigimos ao FUMPREMI e em seguida, diretamente à prefeita, pois tudo que queríamos era um posicionamento e consequentemente a resolução do problema. Todavia, infelizmente minhas ações voltaram-se contra mim na forma mais injusta e cruel que pode existir: PERSEGUIÇÃO POLÍTICA.

Importante destacar que convidei todos os prejudicados para atuarem juntamente comigo a partir das 8h pois, às 9h eu teria que iniciar meu trabalho como vigilante, e para não me prejudicar, poderíamos conciliar as funções, sendo que, até às 9h, o Jair Vereador poderia atuar sem que houvesse empecilho.

Na noite do mesmo dia, recebi uma ligação no período noturno, advinda da empresa a qual trabalho, dizendo que a prefeita juntamente com sua equipe elaboraram ofício, e conversaram com o gerente do Banco do Brasil, alegando que eu estava fazendo política no horário de expediente, tendo em seguida feito uma verdadeira ameaça, de que se não fossem tomadas as devidas providências, a prefeita retiraria as contas da prefeitura do Banco, ameaçando inclusive despejar o Banco do Brasil da prefeitura, já que o prédio do Banco é dentro da mesma. Ato contínuo, o gerente do Banco encaminhou o ofício para a empresa, já pedindo também que fossem tomadas providências, e para não perder o posto, a empresa decidiu me demitir.

Enfim, a perseguição política imperou e nada pude fazer. Foi a luta do mais forte contra o mais fraco, e por exercer com retidão a função de vereador, paguei caro. Mas, nobres amigos, Deus é tão bom que dois dias depois me concedeu uma nova oportunidade em outra empresa. Fica aqui o registro para que todos saibam o que de fato ocorreu, e ao mesmo tempo minha indignação com o que a prefeita e sua equipe fazem quando são afrontados. Perseguem, humilham e pedem sua cabeça. Mas, quero que saibam que estou pronto para o combate. Não tenho medo de cara feia e de perseguidor. Podem vir!


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