Brasil ultrapassa 500 mil mortes por covid-19

  • 20/06/2021
Brasil ultrapassa 500 mil mortes por covid-19

O Brasil atingiu hoje a marca de 500 mil mortes por covid-19. Foram 2.247 mortes desde as 20h de ontem, o que levou o total de óbitos a 500.868. Os dados foram coletados pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

O país ultrapassou os 500 mil mortos apenas 50 dias depois de chegar à marca de 400 mil e cerca de 15 meses após a confirmação da primeira morte pela doença.

Foram 2.073 óbitos em média nos últimos sete dias, o que indica uma aceleração de 27% na comparação com 14 dias atrás. O índice está acima de 1.000 há 150 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.

A média móvel diária de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia no país, pois ela corrige o represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados.

O dado de hoje é comparado com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.

Dos estados, onze estão em alta de mortes. Treze em estabilidade. Já o Rio Grande do Norte (-26%), Acre (-29%) e Espírito Santo (-41%) estão em queda.

Das regiões, Sudeste (27%) e Sul (76%) apresentaram aceleração. Já Centro-Oeste (5%), Nordeste (10%) e Norte (7%) se mantiveram estáveis.

Desde a noite de ontem, foram registrados no Brasil 78.869 novos casos de coronavírus. Com isso, o total de diagnósticos da doença desde o início da pandemia é de 17.881.045.

Dados históricos

O Brasil demorou 144 dias para chegar aos 100 mil mortos, depois 152 até as 200 mil vítimas, em 7 de janeiro deste ano. Após isso, o intervalo foi diminuindo. Foram 76 dias até as 300 mil mortes e apenas 36 para contabilizar mais 100 mil e atingir os 400 mil óbitos.

O Brasil teve mais de 1.000 mortes, em média, desde o dia 12 de março de 2020, quando foi registrada a primeira morte por covid no país.

O pico de mortes por covid-19 em um único dia no Brasil é 4.249, registrado em 8 de abril. O recorde da média móvel foi em 12 de abril, com 3.125 mortes.

Entre 1 de março e 4 de abril de 2021 foram 35 dias seguidos de aceleração da média móvel, maior período desde o surgimento do consórcio de veículos de imprensa.

Dados da Saúde

Em boletim divulgado neste sábado (19), o Ministério da Saúde informou que o Brasil computou 2.301 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 500.800 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, foram confirmados 82.288 novos casos de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 17.883.750 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, 16.183.849 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.199.101 em acompanhamento.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

Espírito Santo: queda (-41%)

Minas Gerais: alta (27%)

Rio de Janeiro: alta (27%)

São Paulo: alta (31%)

Região Norte

Acre: queda (-29%)

Amazonas: estável (3%)

Amapá: alta (28%)

Pará: estável (5%)

Rondônia: alta (21%)

Roraima: alta (56%)

Tocantins: estável (-3%)

Região Nordeste

Alagoas: estável (4%)

Bahia: estável (15%)

Ceará: alta (40%)

Maranhão: estável (12%)

Paraíba: alta (24%)

Pernambuco: estável (-10%)

Piauí: estável (-9%)

Rio Grande do Norte: queda (-26%)

Sergipe: estável (9%)

Região Centro-Oeste

Distrito Federal: estável (-15%)

Goiás: alta (25%)

Mato Grosso: estável (-6%)

Mato Grosso do Sul: estável (-1%)

Região Sul

Paraná: alta (183%)

Rio Grande do Sul: alta (19%)

Santa Catarina: estável (-12%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Fonte: UOL


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